.
Talvez eu só precisasse prestar menos atenção nos detalhes. Como a vida se tornou tão estranha! Se bem que nunca foi familiar mesmo. Invertendo os papéis: eu é que me tornei uma estranha em todas as histórias.
Eu faço parte de muitas coisas, e no final nada faz parte de mim. A vontade de mudar tudo(esse mundo)faz com que eu me meta em várias causas e conheça várias pessoas. A causa é pessoal, mas as pessoas não.
É como se tudo fosse tão importante quanto inútil. É como se você fosse valioso o suficiente pra eu ir embora sem remorsos, sem saudades. É como se nada me pertencesse, e eu não pertencesse a nada. Eu não acho essa posse justa. É por isso que irritantemente deixo que voe.
Essa chatice é por causa do fim. O fim! Ele nunca sai da minha cabeça. É a perda! Ela sempre está presente.
Eu e você precisamos ser vistos de várias formas. Somente uma não engana. Nós não contemos nossos olhares, apesar das palavras ferrenhas e dos sorrisos debochados.
Com esse bendito sentimento da falta de continuidade eu não consigo me apegar a ninguém. Porque o que eu quero não é o tão normal. Eu não posso me trair, abandonar aquilo que faz com que o coração não pare.
Minha memória não é tão ruim quanto faço parecer. Eu só faço com que ela seja menos remissiva, menos real. Afinal, se fossemos parar pra ver a fundo, elas não passam de algo que foi e já não pode ser mais, ou seja, também faz parte da imaginação.
Eu sei que algumas coisas me marcam e deixam cicatrizes. Disso eu tenho que lembrar bem. A dor causada pelos outros é a mais cruel. A mais profunda é aquela causada por nós mesmos.
E pra se recuperar?Nossa, que trabalheira.
As vezes penso caoticamente.
As vezes eu penso assim: coisas menos complicadas, como esse raro post.
Ao som de... Beck - Round The Bend
.