Cética.Ser extremamente cético, e sutilmente crente quando acredita nos sonhos da noite passada.
Vamos, vou tentar falar em primeira pessoa, eu quero que meus "eus" me deixem sozinha.
Eu escolhi amar o surreal, eu escolhi amar o sonho de "amar".Uma tentativa minha de resgatar aquela sensação de ver o mar pela primeira vez. Os castelos de buzios, um coração na areia, os nomes escritos pra água salgada levar de você..
Oh Céus, é tão tudo tão lindo.
Eu vi ao entardecer aquele sol ofuscante rasgando um céu de nuvens acinzentadas,e no meio do mar uma faixa larga de brilho trilhada para minha direção.
Longe do lar, longe de tudo aquilo que me fez o que sou hoje.
E eu estava só?
Quem estava naquele momento a ler meus pensamentos, a sentir exatamente o que minha alma observava?
E era só eu, somente eu e mais ninguém.
E meus amigos conversavam, as pessoas passeavam, ambulantes com cds, a garçonete com o dinheiro, o coqueiro crescendo, o mar pra refrescar, o sou pra iluminar, e uma alma perdida pensando em uma quase vida.
E agora,foi-se;
Eu não quero dormir e esquecer de hoje. Mas eu pedi! Pedi pra me aliviar todas as noites daquilo que me faz pensar nas dores!
È doloroso ver as coisas da vida?
Não!
É doloroso perde-las.
Mas ainda não as perdi,quer dizer, perdi muitos amigos. Amigos?
Quem são afinal?Quem eles eram?
Eu quero lembrar de hoje amanhã. Eu quero fazer diferente amanhã.
Digo isso todas as noites faz uma semana.
Quando chego no maldito trabalho, não sou mais eu. Quando passo pela catraca, pego de volta a identidade que deixei na hora de entrar.
Negócios, sempre separando as coisas.
Sempre particionando relações.
Eu não sei.
Eu tenho familia, eu tenho amigos, eu tenho trabalho, eu tenho o amor.
Ainda falta algo.
O que ainda restará de mim amanhã?
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