Saturday, November 8, 2008

Grande Cisma

Que estranho que é! Não sentir nada daquilo que antes era quase tão essencial feito o ar. Eu vejo e até me esforço, mas não sai nada. A indiferença é tão... nadificada! Sem vontade, sem saudade, sem ciúme, sem... nenhum tipo de angustia. Porque são apenas pessoas normais, que vem e vão... e morrem, como se nunca tivessem vivido. E não conseguem deixar lembranças firmes, pois são tão surreais no decorrer da existencia que nada nos marcam.
Eu já tinha pensado em marcar suas iniciais na pele... mas daí, pensei de novo. Não significariam nada, seriam apenas letras tão estranhas quanto os rostos dos seus donos. Se tornariam somente mancha de tinta sobre o corpo.. futil, dispensável e pueril.
Pessoas vazias que um dia idealizei que não o fossem. Por isso gosto de ser diferente, gosto de tatuar almas e vidas. Ou pelo menos gostava. Hoje em dia estou calma, quase flutuando pelas ruas de Fortaleza, sem me importa muito em impressionar. Talvez medo de que me arranquem um pedaço, como foi da ultima vez que me expus ao mundo... tanta inveja sem sentido! Sim, pois pra mim inveja é algo sem logica. Vou tentar me reservar, fazer como nos meus velhos tempos.
Falar menos, observar mais.
Vou ter mais cuidado com as coisas que eu peço.
Apenas quero tranquilidade... e que me deixem só.