Friday, November 28, 2008

TeaR a Arte de Pre-ver

Antes era bem mais simples pintar os quadros e cenas do futuro. Ainda criança, já sabia como seria adiante. Era um quadro conhecido, porém não vivo, não vivido. Mas dava pra prever, dava pra saber como seria o desbravado desconhecido.

Era possível ver a vida e como iria se desenrolar. Agora? Eu não vejo as cenas, está em branco, nenhuma imagem. Das duas, uma... A mais otimista é que no filme não sou a costumeira roteirista-diretora. A segunda-feira já é mais de volta ao preto. Creio que seja o ponto final da linha.

A escolha que eu fiz me condenará pela que eu não fiz. Porque a normalidade implica em uma vida digna. E na carruagem uma enorme bagagem de equilíbrio e bondade. E uma vez ele me disse que se eu conseguisse colocar tudo dentro das malas, eu iria... viajar.

E parecerá trágico.

E talvez... eu saiba como será o próximo quadro. Dizem que os mais sensíveis e ligados sabem quando é a hora. Até onde eu vejo minha irmã, me parece muito bom.

E parecerá injusto.

Mas não será.

Porque sempre amei os que me criaram, e aprendir a querer o bem dos que nunca me gostaram.

A Deus, À Sagrada Familia, À Humanidade.

Tuesday, November 25, 2008

A Uva - PassA





Nos olhos tem uma secura muda e na escrita palavras inúteis. Tão seca é a vida da uva-passa. A cada 100g de sua euforia, apesar de todo o processo de se auto-secar, tem 10% de água, e 300 são as gorduras que sempre a incomodavam.

Valores nutricionais nunca foram seu forte, e nem outros valores. Largada dentro de um pacotinho com pedaços de si mesma, a uva-passa é facilmente encaixada na receita de uma festa à milanesa.

Sem discriminação étnica, branca, preta ou amarela, geralmente ela é sem cabeça/miolo/semente. E dá um sabor e tanto no meu antigo sorvete amarelado.. agora prefiro o puro chocolate à milanesa.


De vez enquando é bom variar com uma uva-passa, afinal, tudo não passa de questão de paladar passageiro vs hábito passageiro . Então, devoremos todas elas com a ferocidade que merecem, pois o fim de alguém que tem a vida seca é de murchar até compensar os valores convencionais por nutricionais.