Sunday, June 12, 2011

Devorador de Ilusões


Dilacerador de terras longínquas, tão invadido pelo próprio ser. Eis que a liberdade soa como uma intensa melodia das cordas descompassadas e incertas de uma possível vida.

Sorrindo de pequenos desgostos e mal gostos, sem que o silêncio signifique incapacidade, ele é apenas uma forma de poupar de ser o mestre da crueldade. Não que faltem as palavras, essas tão ferrenhas dentadas fazem parte das nossas habilidades.

Mas que gentil que és! Mentira! Estamos sempre suprimindo para poupar o outro de uma nada agradável realidade: existe o limite, e nós podemos impô-lo.

Aprendemos a ser tal cordial e cortês nesse reino de acéfalos-reis. É quase um cair de braços modeladores do vento no abismo. Cortamos o que não vemos, mas sabemos que machucamos.

Ah! Cansamos!

Dessa ladainha barata que é o sofrimento alheio por aquilo que não vale nada! Quantas lamúrias aguentaremos do mesmo tema?

Mas falarei de nós. Coisas boas aconteceram conosco. É aprendendo a lidar com o outro que achamos uma maneira de ser livre e não nos afetarmos.

Digo que experimentei o que eu já havia pedido tempos atrás. Agora retiro-me desse episódio enfadonho, encontro-me naquele lugar cheio de bons agrados, e o que há lá fora não encontra espaço aqui dentro.

É exterior, pequenino invasor!

Eu e eu rimos agora. Isso porque estamos apreciando de fora.

Nesta vista que eu estou confortavelmente assistindo histórias com trilhas sonoras tão conhecidas e reconhecidas, apenas me divirto engolindo saborosamente a total falta de importancia dos fatos e atos.

Isso é mais velho do que o tempo que os homens inventaram. Esse desatino cronologico que alguns se prendem, é apenas mais uma ilusão febril que fizeram com que grande parte dos meus amigos acreditassem.

Nem todos podem desacreditar e continuar vivendo. A impossibilidade do significado, do sentido disso ou daquilo é insuportável pra um mundo que ve na eternidade a felicidade. Desastroso seria que não tivesse fim.

E bem que nos perguntamos... afinal, o que temos a perder se nem a nossa própria vida está sob nosso controle? Como a super significancia me cansa! Esses seres sempre se auto-ridicularizando porque a miserabilidade de si é motivo de prazer e satisfação. O sofrimento existe para a suprir essa inevitável necessidade de alguns de desejar estar na situação de mediocridade.

E quem sou em meio a tantos absurdos que ocasionalmente estou apreciando e diagnosticando?

Eu sou o mais racional dos sentimentais.

Nós diriamos que temos desprezo.

Nesse padrão elevado de exigencia de si, acabamos não achando nada que seja digno o suficiente para ilusoriamente nos complementar.



Simplesmente nada mais tem a ver conosco.

3 comments:

Anonymous said...

que coisa pseudo metafórica mai sem graça...

Anonymous said...

moçinha estranha ein...

Supertramp said...

obrigada pela visita e o analfabetismo gratuito. O post não é uma piada pra ter graça. E estranheza não é pior que burrice. Anonimato?A covardia é desprezível. Vá se auto-criticar, coloque seu nome, e quem sabe possa falar algo com relevancia aqui!

Volte sempre!

=P